segunda-feira, 17 de setembro de 2007

COPENHAGEN, DINAMARCA












Copenhagen é uma festa no final de verão. Moradores e turistas aproveitam os últimos dias de sol e temperaturas amenas para ficar o maior tempo possível ao ar livre, nos parques e bares com mesas nas calçadas. Bronzeados, risonhos e comunicativos, os dinamarqueses são a antítese da imagem de frieza e má vontade para com os estrangeiros que, para muitos, caracteriza os escandinavos. Completamente plana, a capital dinamarquesa, de belos prédios conservados por centenas de anos pelos seus proprietários, é ideal para ser apreciada em caminhadas ou, como fazem os seus moradores, de bicicleta. Existem pelo menos cinco locadoras na cidade, que alugam os veículos por dia ou por hora. As principais avenidas têm faixas exclusivas para ciclistas, mas, mesmo onde elas não existem, não há perigo: as bicicletas são maioria no tráfego organizado e sem congestionamentos. Para quem não quer (ou não pode) caminhar ou pedalar, há excursões de ônibus pela cidade e pela região. Uma delas inclui Malmöe e Lund, cidades do sul da Suécia, unidas a Copenhaguen pela ponte de Oresund, de 16 quilômetros, uma das maiores do mundo. Há também passeios de barco pelos canais de águas verdes do mar Báltico que cortam a cidade. A Dinamarca é uma monarquia, governada pela rainha Margrethe II. O palácio real de Amalienborg é uma das atrações turísticas da capital, especialmente nas horas de troca de guarda. Apesar de ter aderido à União Européia, o país decidiu, em plebiscito, manter a sua moeda, a coroa dinamarquesa. Euros e dólares são aceitos em lojas e hotéis, mas é preciso ter coroas para pequenas despesas. Os preços são razoáveis para um país europeu: o Big Mac custa o equivalente a R$ 6,00, e por R$ 20,00 pode-se fazer uma boa refeição típica da região, à base de frutos do mar.


* Um dos melhores programas é passar a tarde num dos bares e restaurantes junto ao canal de Nyhavn (foto), o ‘‘point’’ da cidade.
* Visitas à estátua da Pequena Sereia, dos contos do escritor dinamarquês Hans Cristian Andersen, e ao parque de diversões Tivoli, uma área arborizada onde também há bares e uma sala para concertos.
* Lembranças — o âmbar, pedra de cor amarelada, é farta na região e pode ser uma boa opção de presente. Há colares e braceletes com preços a partir de R$ 30,00, nas lojas de souvenirs e joalherias.
* Quem quer algo criativo e barato para levar para familiares e amigos pode comprar ímans de geladeira de porcelana em forma de vickings, por apenas R$ 5,00.




Chegamos a Madri ao amanhecer e o vôo para Copenhagen só sairia ao meio dia. Nossos anfitriões nos levaram até um hotel para descansarmos algumas horas e depois voltar para o aeroporto. Aquela viagem era convite da Tetra Pak, empresa sueca que fabrica, no mundo todo, aquelas embalagens assépticas usadas para conservar o leite, a água de coco e vários outros produtos sem perda de sabor e qualidade. 
A Tetra Pak comemorava 50 anos e promoveu uma grande festa em Lund, no Sul da Suécia, onde foi fundada. Eu era um de centenas de jornalistas de todos os continentes e de seis brasileiros convidados. Embarcamos num Boeing 727 da Iberia lotado de dinamarqueses e suecos, quase todos jovens, loiríssimos, bronzeados pelo sol das Ilhas Canárias e das Baleares onde haviam passado as férias. Falavam aos gritos, andavam pelo corredor e davam muitas gargalhadas. Um casal não se importou em trocar de poltrona comigo, e me acomodei junto à janela, bem na frente do avião. O dia estava claríssimo, e eu não me desgrudei da janelinha. Lá de cima vi Bilbao, os campos da França, um pedacinho da Inglaterra, o litoral da Holanda e, finalmente, a costa recortada da Dinamarca. 
Quando o avião baixou de altitude e os alto-falantes anunciaram que pousaríamos dali a alguns minutos eu já estava de máquina fotográfica pronta. Da minha janela fui batendo fotos enquanto o avião sobrevoava Copenhagen e a vizinha Malmö, na Suécia.
















Na foto aérea ao lado, Malmö, cidade industrial e importante porto do Sul da Suécia. Acima, Copenhagen, capital da Dinamarca, e a ponte sobre o canal de Öresund, de 16 quilômetros de extensão, uma das maiores e mais belas do mundo. O canal liga 
o Báltico ao Mar do Norte.











A cidade vista do quarto do hotel. Nem espigões, nem morros.







Com faixas especiais demarcadas nas pistas, as bicicletas têm seu espaço preservado, convivendo sem problemas com os carros e os ônibus nas avenidas do centro da cidade. Jovens, velhos, executivos engravatados, senhoras com os filhos pequenos no reboque, todos andam em duas rodas.








A segunda melhor maneira de conhecer a cidade é nestes riquixás hi tech. A melhor? A pé, claro.


       Encontro de mamães e bebês no centro da capital.




A alimentação dos dinamarqueses é à base de peixes, legumes e verduras.

O SOLE MIO...turistas passeiam pelos canais em legítimas gôndolas venezianas, tripuladas por marinheiros vestidos a caráter. 




Estes índios peles-vermelhas (Navajos? Apaches?) cantando em frente ao parque Tívoli são, na verdade, peruanos. Explicaram que o modelito andino está muito batido.



     Os barcos de pesca fazem parte da história da cidade.

Reportagem publicada pelos jornais Correio Braziliense e Zero Hora em setembro de 2002








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