quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A BOA VIDA NO INTERIOR




De vez em quando me perguntam se é difícil se adaptar à vida no Interior. Eu fico meio sem jeito para responder. Como viver sem cinema, sem shoppings, sem shows, sem agitação, sem amigos por perto?
Mas, pensando bem, a cada ano que passa fica mais difícil é me adaptar à vida nas cidades grandes, com seu trânsito caótico, a violência, a falta de educação das pessoas, a correria, a poluição do ar, a água com gosto de inseticida.
Dou valor cada vez maior a cidades pequenas, onde ao meio dia fecha tudo para as famílias almoçarem, onde as praças são locais de encontro, onde não há medo de assaltos, onde as normas mínimas de civilidade ainda vigoram: "bom dia, boa tarde".  Onde as pessoas ainda se falam, sorriem. Onde o tempo passa devagar, como deve ser.
Gosto cada vez mais da boa vida no interior.

4 comentários:

Luiz Valls disse...

Nos meus meses de Timor Leste, eu caminhava meus seis quilômetros indo e vindo pela beira do mar, sempre cumprimentando adultos e crianças, "bom dia, boa tarde", nestes casos eles usam em português mesmo.
Fui caminhar na volta, em Brasília, e estranhei que ninguém se cumprimenta. Why not?

Clovis Heberle disse...

Em algumas cidades grandes o hábito do cumprimento ainda persiste. Em Belo Horizonte, um dia desses, encostei a barriga no balcão da cafeteria e pedi dois expressos. A balconista me olhou e disse: "boa tarde". Deixou este gaúcho mal-educado sem jeito...

Unknown disse...

Clóvis, que cidade é essa da foto?

Clovis Heberle disse...

Osório, RS.