sábado, 13 de dezembro de 2014

MORRETES, PARANÁ


Pequena joia arquitetônica do século XIX, Morretes, assim como Paraty, Tiradentes e tantas outras pequenas cidades do período colonial, teve seu casario preservado por ter ficado à margem do progresso econômico.  
Localizada no pé da Serra da Graciosa, a cidade era parada dos tropeiros que vinham de  Curitiba, 900 metros acima, com produtos do planalto paranaense destinados aos portos de Antonina e Paranaguá,  onde eram embarcados. Os comerciantes de Morretes negociavam com os tropeiros e os lucros permitiram a construção das belas residências e prédios públicos que hoje encantam os turistas. 
Esta boa fase terminou em 1873, quando foi concluída a Estrada da Graciosa. Pavimentada  com paralelepípedos, seguia o traçado da antiga trilha dos tropeiros  e terminava no porto de Antonina, 13 quilômetros adiante. Mas foi a partir de 1885, após a inauguração da ferrovia Curitiba-Paranaguá, que tanto Morretes como Antonina perderam a sua importância econômica. A recuperação só começou na década de 1970 com a exploração do seu potencial turístico.





Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto, inaugurada em 1850





O clima bucólico, os prédios conservados e o cuidado com a conservação das ruas e praças encantam os turistas. 
Quem visita Morretes não pode deixar de saborear o barreado, prato à base de carne cozida típico da região. 



A mesma ferrovia que no século XIX condenou a cidade à decadência hoje traz diariamente  centenas de visitantes. Os trens turísticos saem de Curitiba às 8h e partem de volta da estação de Morretes às 15h. A viagem dura cerca de três horas. 





Vale a pena descer ou subir a Serra da Graciosa por esta estrada inaugurada em 1873. 
Dos 30 quilômetros do percurso através da Mata Atlântica, dez ainda têm a pavimentação original, com paralelepípedos.


Marco inicial da Estrada da Graciosa, junto à BR 101, na Região Metropolitana de Curitiba. 






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